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Mercado de milho segue lento no Sul com oferta elevada

No Rio Grande do Sul, o comércio segue lento


No Rio Grande do Sul, o comércio segue lento No Rio Grande do Sul, o comércio segue lento - Foto: USDA

O mercado de milho no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, marcado por negociações pontuais, descompasso entre pedidas e ofertas e forte influência das condições climáticas sobre o avanço da safra. Levantamento da TF Agroeconômica aponta que, de forma geral, produtores mantêm postura defensiva diante do excesso de oferta, dos custos logísticos elevados e da demanda ainda seletiva, o que limita o ritmo dos negócios no mercado spot.

No Rio Grande do Sul, o comércio segue lento, concentrado em operações entre cooperativas e pequenas indústrias, com referências amplas entre R$ 58,00 e R$ 72,00 por saca. O preço médio estadual alcançou R$ 62,61, com leve alta semanal, reflexo de ajustes localizados. A demanda permanece moderada, com exportações avançando lentamente, enquanto questões logísticas e limitações de armazenagem dificultam o escoamento. 

As lavouras apresentam grande heterogeneidade, com perdas em áreas precoces e recuperação parcial nas áreas tardias, beneficiadas pelas chuvas recentes. A semeadura da safra 25/26 atinge 94% da área, segundo a Conab, embora o excesso de chuvas tenha atrasado a secagem e o início da colheita.

Em Santa Catarina, o mercado permanece travado pela distância entre preços pretendidos por produtores, próximos de R$ 80,00, e as ofertas das indústrias, ao redor de R$ 70,00 por saca. No Planalto Norte, os poucos negócios ocorrem entre R$ 71,00 e R$ 75,00, com liquidez bastante restrita. A oferta segue controlada pela retenção de estoques, enquanto a demanda atua apenas no curtíssimo prazo. A média estadual permanece em R$ 68,46 por saca, com forte divergência regional. A semeadura da safra já está totalmente concluída.

No Paraná, o ritmo segue fraco, apesar de ajustes pontuais nos preços. Produtores indicam valores próximos de R$ 75,00, enquanto as indústrias operam ao redor de R$ 70,00 CIF. As cotações registraram leves baixas em algumas regiões e altas pontuais em outras, reforçando o desalinhamento regional e a baixa fluidez dos negócios. A semeadura da safra 25/26 também está concluída.

Em Mato Grosso do Sul, as negociações continuam restritas, mas com viés de firmeza em parte das praças, com preços entre R$ 53,00 e R$ 58,00 por saca. O setor de bioenergia segue sustentando as cotações, com usinas absorvendo parcela relevante da oferta, embora pedidas mais elevadas limitem novos fechamentos.
 

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